25 de ago. de 2013

HISTÓRIAS DE PORTO ALEGRE: Bondes na capital

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A capital dos gaúchos é uma cidade cosmopolita, repleta de histórias, encontros e desencontros em todas as áreas e em todas as partes de seu território. Algo que me faz lembrar bem essa história é a circulação dos bondes, que eu tive a alegria de ver, desfrutar e de fazer uma bela arte de criança, como esses meninos da foto. Quando vim residir definitivamente em Porto Alegre, na Av João Pessoa, nosso apartamento ficava a poucos metros da sede da Cia Carris, a garagem dos bondes na época, onde hoje é localizado o Edel Trade Center. Me deliciava entrando as escondidas na garagem para brincar com meus amigos de motorneiro. O tempo, que saudade, mas continuo aqui com minhas lembranças querendo estar em outro lugar.

Os bondes na capital

Circularam durante 62 anos, entre 1908 e 1970. Nos últimos anos de atividade, alguns chegaram a ganhar portas. Na maior parte do tempo em que rodaram, só uma corrente, que saía de um cano vertical, servia como anteparo e garantia, precariamente, à segurança dos passageiros que se aproximavam da saída. No inverno, o frio atingia em cheio aqueles que viajavam junto ao motorneiro ou nos primeiros bancos. No verão, apesar do perigo, o vento no rosto fazia a alegria da garotada que preferia andar pendurada no estribo sem pagar a passagem. Os bilhetes eram como esses que o leitor Rubem Paulo Karl conservou até hoje.

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Bilhetes de bonde da década de 1960. Foto: Acervo Rubem Paulo Karl, reprodução

Fonte: Blog Almanaque Gaúcho / ZH

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