27 de jul. de 2012

Porto de Imbituba: Indefinição quanto a nova gestão preocupa a região

Ainda não há uma definição quanto ao futuro da gestão do Porto de Imbituba. E isso preocupa a muita gente, principalmente os membros do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).

Hoje, o porto, que pertence ao governo federal, é administrado pela Companhia Docas, que possui a concessão há quase 70 anos. E é justamente em 15 de dezembro deste ano que o período acaba, e uma solução deve ser encontrada. “Não pode passar uma hora deste prazo. E não há mais tempo para fazer uma licitação para uma concessão privada”, lamenta o presidente do CAP, Gilberto Barreto.

O presidente também lembra que há alguns meses a Companhia Docas reivindicou à Secretaria dos Portos da União para que o prazo fosse estendido por mais 40 meses. “Isto seria uma compensação pelo tempo que o porto ficou sob o comando do governo durante a 2ª guerra mundial, na década de 1940. Mas isto ainda está em estudo”, conta Gilberto.

Para o conselho, uma solução seria uma parceria pública-privada. “Mas uma nova modelagem ainda é estudada pela secretaria dos portos”, lembra o presidente.
O término desta concessão, para Gilberto, é o evento mais importante para o sul do estado. “É um momento de grande desenvolvimento e uma oportunidade para fomentar a economia”, revela.

Nos últimos anos, o porto cresceu e muito. Deixou de ser um porto que servia apenas para o escoamento do carvão. Hoje, o empreendimento recebe uma média mensal de 12 escalas. “Para o próximo mês, este número deve aumentar para 60”, adianta Gilberto.
E, para comportar tanto movimento, investimentos na malha viária do município devem ser feitas com urgência.

R$ 45 milhões em obras viárias

Em um ano, o movimento de navios no Porto de Imbituba deve aumentar cinco vezes. Esta é a estimativa do Conselho de Autoridade Portuária (CAP).
Com tantas escalas, especula-se que passem pela via de acesso ao porto pelo menos mil carretas ao dia. Nos próximos 15 anos, este número deve triplicar. “Isto ocorrerá quando a capacidade do porto atingir o seu ponto máximo”, revela o presidente do CAP, Gilberto Barreto.

Para comportar tanto movimento, um projeto de duplicação da via foi feito pela Santos Brasil e doado para a prefeitura de Imbituba. “O custo foi de R$ 1 milhão”, afirma o prefeito Beto Martins (PSDB).
Ainda faltam as liberações das licenças ambientais. “A Santos Brasil já começou a fazer os estudos”, relata Beto. A intenção do prefeito é que esta obra esteja no orçamento da União para o próximo ano. Estima-se que sejam gastos R$ 45 milhões.

Para que os 5,5 quilômetros da via, que inicia no trevo de acesso ao bairro Nova Brasília, sejam duplicados, será necessário federalizar a rodovia. “Isso é necessário para que não haja problemas na liberação dos recursos”, explica o prefeito. Os primeiros contatos com o Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (Dnit) já foram realizados.
Esta é uma obra vital para o município e esperada por muitos. “Se nada for feito, com o aumento do movimento, haverá congestionamentos na cidade e na BR-101”, prevê Beto. Após a definição da empresa que duplicará a estrada, os serviços devem durar em torno de um ano.

Fonte: Notisul

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