8 de set. de 2012

OPINIÃO: Ensinar a pescar é o que povo necessita...

Este é o nosso Brasil: A 6ª economia, 88º na educação, o 72º da OMS (organização Mundial da Saúde) em gasto per capita em saúde, o 84º no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), 3º pior índice de desigualdade do mundo. Penso que a saída, conhecida mas não aplicada, é investimento sério e comprometimento com a educação. Assim estes números começariam a cair de forma gradativa e definitiva.

Para a ONU existem atualmente 192 países no planeta e esta lista representa a situação atual da distribuição territorial e política desses países. Nesta lista da ONU no entanto não estão incluídos a cidade do Vaticano e Kosovo que podem ser considerados países independentes mesmo não estando na lista da ONU. Outra curiosidade é que Taiwan ainda é hoje considerada apenas uma Província da China, mesmo que ela lute para se tornar um país independente da potência asiática.

Fora a tão falada e santificada economia, o Brasil esta atrás de países como Trinidad e Tobaco, Uruguai e Argentina nos quesitos Educação e Saúde. 

Até quando vamos ter que conviver com dados desta natureza? Até quando o brasileiro vai pensar com o estômago? Infelizmente é assim que os governantes pensam, que o povo pensa. Enquanto o povo comer seu arroz e feijão diariamente, tá tudo bem.

Este povo maravilhoso que tem orgulho de ser brasileiro merece comer sua picanha, seu filé mignon. E onde esta a base de tudo? "NA EDUCAÇÃO". O investimento tem que ser em políticas públicas que não sejam somente assistencialistas...

Ensinar a pescar, e não dar o peixe, ai que se resume o desenvolvimento de uma nação.

Nada contra as diversas bolsas federais e estaduais que contribuem com a vida sofrida das camadas menos favorecidas deste nosso país continental. Tudo contra a forma com que os investimentos são feitos.

O total dos gastos sociais federais de FHC saltou de 234 bilhões (11,24% do PIB) em 1995, para R$ 340 bilhões (12,92% do PIB), em 2002. Durante os governos de Lula, o consumo do setor subiu de R$ 343 bilhões (12,95% do PIB) para R$ 638,5 bilhões (15,54% do PIB), em 2010.

Para o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), gastos sociais federais são aqueles aplicados pelo governo em previdência social, benefícios a servidores públicos, saúde, assistência social, alimentação e nutrição, habitação e urbanismo, saneamento básico, trabalho e renda, educação, desenvolvimento agrário e cultura. Somente no Bolsa família, nos últimos dez anos, foram investidos mais de R$ 120 bilhões.

E nesse período, a EDUCAÇÃO recebeu quanto? "Os gastos", segundo eles, do governo federal com educação, incluindo pessoal, custeio e investimentos, mais que dobrou em termos reais desde 2006, saindo de R$ 23,35 bilhões naquele ano para R$ 55,27 bilhões em 2011.

Ai esta a diferença.  O gasto, no mesmo período, somente no Bolsa Família  foi de aproximadamente R$ 120 bilhões, e na EDUCAÇÃO, R$ 55 bilhões. Se computarmos todos os programas assistenciais brasileiros, isso vai longe e a diferença fica ainda maior. E tudo começa pelo município, a cidade onde moramos e vivemos. Ai começam os exemplos.

É por esse motivo que eu digo que os governos agem na contra mão do que o povo necessita. Desta forma, e da maneira como os governos agem, dar o peixe pronto, não adianta. O importante é ensinar a pescar. Ou seja: Dar educação. Mostrar e ensinar como se faz. Penso que esta seja a forma correta de fazer com que as coisas mudem a passem a acontecer.

Como mudar?

A mudança passa pela forma com que votamos. Nós é que somos responsáveis por eleger as pessoas que fazem as leis. Nós temos é que votar bem e ficar de olho para que eles cumpram com suas obrigações e "promessas", que na maioria das vezes, são infundadas.

A mudança deste quadro depende única e exclusivamente de nós e de nosso VOTO. Mas ainda temos muito que  aprender. Portanto, vamos a luta! Passo a passo, aos poucos, a mudança vai se consolidar. Eu acredito.

Talvez eu não vá estar aqui em corpo para vivenciar. Mas meus netos e bisnetos, a próxima geração, vão vivenciar este tempo. Eu vou fazer a minha parte...

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