Nesta quarta-feira, em Porto Alegre, começa o Fórum Social Mundial Palestina Livre, evento que reúne representantes de 36 países em 158 atividades para discutir, até sábado (01), uma série de questões referentes ao povo e à autonomia palestina. As entidades, sindicatos e organizações não governamentais responsáveis pela organização das atividades esperam a presença de 8 mil pessoas.
"A nossa luta somente terminará quando o Estado da Palestina se tornar uma realidade", afirmou na tarde desta quarta-feira, em Porto Alegre, o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben.
Para Al Zeben, o objetivo do fórum é o reconhecimento e respeito dos direitos internacionais de um Estado palestino. "Estamos a favor dos israelenses, e a favor dos palestinos. Queremos discutir de forma civilizada a situação do povo palestino, de maneira solidária, para não dar pretexto para aqueles que não querem uma Palestina livre", salientou Al Zeben.
O diplomata classificou como "uma forma de convivência não civilizada" os últimos conflitos na região, que já vitimaram centenas de pessoas. "Foguetes não são uma forma civilizada de responder. Não queremos ser bombardeados. Lutamos por uma convivência pacífica, harmônica e de paz."
O documento de referência, que deve pautar a maior parte dos debates, defende o direito do povo palestino a resistir à ocupação e ao apartheid; o fortalecimento de uma campanha global de boicote, desinvestimento e sanções contra Israel; proteção aos refugiados palestinos em outros países até que possam exercer o direito de voltar aos seus lares; defesa dos direitos dos palestinos na Jerusalém ocupada; e libertação dos prisioneiros palestinos em Israel, entre outros itens.
Nações Unidas
Nesta quinta-feira, o encontro terá suas atenções voltadas para a votação na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que tem em sua pauta o reconhecimento do Estado palestino como estado-observador, mesma condição em que se encontra o Vaticano).
Desde setembro de 2011, a Organização pela Libertação da Palestina (OLP), representa na ONU a admissão do Estado da Palestina como seu membro pleno. Seus limites territoriais são os reconhecidos em 1967, e que compreendem a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e tem Jerusalém Oriental como sua capital.
O Brasil é um dos mais de 140 países que reconhecem o Estado da Palestina e a representação diplomática em Brasília já tem esse status desde 10 de dezembro de 2010.
No país, o Comitê do Estado da Palestina foi fundado em São Paulo em agosto de 2010, e é integrado por 58 entidades e instituições, partidos políticos e as seis centrais sindicais. Todo ano, ele promove atividades em apoio à admissão do Estado da palestina como 194º membro das Nações Unidas.
Nesta quinta-feira, às 17h, tem início a marcha de abertura do fórum. A concentração ocorre às 17h, no Largo Glênio Peres, no centro de Porto Alegre. O evento terá a adesão de ouros manifestantes, que se reunirão para a Marcha dos Sem, que se reúne anualmente em protesto por justiça social.
Fonte: Diário Grande ABC
Imagem: Divulgação Fórum
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