Um saudosista como eu, das coisas boas e positivas, gostaria que esta manchete se tornasse realidade. Quando criança andei de bonde em Porto Alegre e esta lembrança é muita viva em minha mente. Morei quase ao lado da antiga garagem dos bondes da Cia Carris, na Av. João Pessoa em frente a Redenção, onde hoje tem o elevado Imperatriz Dona Leopoldina (quase ninguém sabe o nome), o prédio da Secretaria Municipal de Saúde e o Edel Trade Center no bairro Cidade Baixa. O último bonde elétrico circulou em 1970.
Pois através de um estudo apresentado na sexta-feira (14), em audiência pública na Câmara Municipal, dá conta de que os bondes poderão voltar a circular, inicialmente em um trajeto turístico de 3,8 km no centro da capital. Aspectos que levaram em consideração o trânsito, o trajeto do bonde, o impacto ambiental, o tipo de veículo que será utilizado, bem como a sua alimentação, integram o levantamento que demorou cinco meses para ser finalizado. Com o resultado em mãos, a prefeitura da Capital colocará o projeto em licitação já em janeiro de 2013. O projeto, no entanto, não ficará pronto antes da Copa de 2014, segundo o secretário de Turismo da Capital, Luiz Fernando Moraes. “Temos que reimplantar trilhos ao longo de todo o trajeto. E ainda há a dificuldade de fazer essa obra no Centro da cidade, onde há um grande fluxo de carros. É um trabalho lento e demorado”, afirma o secretário, que estima um prazo entre 12 e 18 meses para a finalização do projeto.
O investimento total na nova atração da cidade, que promete se tornar atração turística, pode chegar a até R$ 25 milhões. Mas o tipo de aporte ainda está indefinido. “Temos diversas modalidades, desde a possibilidade de investimento privado até a possibilidade de recursos do próprio Ministério do Turismo a fundo perdido ou via financiamento”, disse. O aporte deverá ser reembolsado no prazo de oito anos, e o preço para se percorrer os principais pontos turísticos do Centro Histórico sobre trilhos será de R$ 20,00, para uma ocupação de 33% dos 32 assentos mais os espaços reservados para cadeirantes e pessoas obesas.
Que este projeto ande rápido e que se torne realidade, apesar de algumas complicações que deverão ocorrer, principalmente na questão trânsito, principalmente na rua Duque de Caxias que terá o estacionamento retirado do lado direito de quem sobe a via e a retirada e poda de árvores ao longo do percurso que prevê o ponto de partida na Praça XV de Novembro e a chegada na Av. Otávio Rocha.
Fonte: Jornal do Comércio
Foto: Foster M. Palmer
Edição: ALO
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