7 de jul. de 2013

MERCADO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE: O prédio não tinha PPCI - Plano de Prevenção e Combate a Incêndio

Na noite de ontem, 06/07, por volta das 20:30 h o Mercado Público de Porto Alegre começava a viver uma de suas piores tragédias com o incêndio que destruiu, segundo os bombeiros, cerca de 30% das instalações principalmente da parte superior. Segundo o presidente da Associação dos Lojistas do Mercado Público, Ivan Konig, o fogo começou em um restaurante da parte superior da Julio de Castilhos. No local, funcionam restaurantes. O Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, com a colaboração de algumas guarnições da Grande Poa, apesar dos muitos problemas para combater o fogo, conseguiu conter as chamas por volta das 24h. 

Uma notícia que chocou todos: 

O Mercado Público de Porto Alegre não possui, e nem possuiu PPCI. Quer dizer que este prédio que é um ícone do centro da capital dos gaúchos não tem nem nunca teve Plano de Combate à Incêndio. Isso é um desrespeito com os porto-alegrenses e gaúchos que, primeiramente, trabalham e tiram seus sustentos daquele local, e segundo com as milhares de pessoas que compram e tem no Mercado Público seu local de lazer e de entretenimento, sem falar do perigo que diariamente todos os frequentadores corriam. 

Esta notícia foi dada pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Porto Alegre, tenente-coronel Adriano Krukoski Ferreira ao Correio do Povo, disse o comandante: “Em 2007, advertíamos a falta. Não localizamos o plano até agora. Como é um processo documental, vamos verificar só amanhã às 8h”. Apesar de não haver o documento, o comandante afirmou que os bombeiros verificaram a existência de todo o sistema contra incêndios.

O meu Mercado...

Eu sempre tive o Mercado Público como referência, já frequentei diariamente quanto tinha escritório no centro da capital. Hoje passo por lá pelo menos duas vezes na semana. Tenho lembranças maravilhosas de eventos que lá realizei e de jantares e almoços soberbos. Assim como também tive algumas desilusões nas mesas do Mercado. Histórias da vida, vividas no Mercado Público. Estou triste, órfão e indignado.

O que diz a Prefeitura de Porto Alegre...

O prefeito José Fortunati afirmou que os equipamentos de combate a incêndio, como extintores e hidrantes internos, estavam todos adequados, disse ainda que a cidade não esta preparada para combater grandes incêndios. A Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic) informou que há cerca de 15 dias todos os 57 extintores do estabelecimento foram revisados, assim como todas as mangueiras foram substituídas. Com relação ao PPCI do prédio, a secretaria explicou que o plano está em análise na Secretaria Municipal de Urbanismo (Smurb), porque foram necessários atualizações.

E agora? De quem é a culpa?

Depois da tragédia no Mercado Público, felizmente sem vítimas, todos querem ganhar politicamente de alguma forma. Os sangue sugas politiqueiros em todos os níveis ganharam as manchetes hoje.

O Governador Tarso disse que o estado vai disponibilizar verba especial para os comerciantes. A Presidente Dilma disse que o Mercado faz parte da alma de Porto Alegre, e na noite de ontem telefonou ao Prefeito Fortunati para se solidarizar. Hoje a Presidente informou que o Governo Federal vai liberar recursos para a reconstrução do prédio. 

Tenho certeza que na campanha do ano que vem todos vão tirar proveito disso. Infelizmente, apesar de todas as manifestações e do banho de Democracia que nosso país vive, ainda somos um povo, na maioria, que pensa com o estomago. 

Estes sangue sugas, nem todos os políticos o são, vão continuar no poder, e vão continuar fazendo de tudo para beneficiar a si próprio e depois, se sobrar algo, beneficiar o povo. Eu acredito que uma mudança vá acontecer. Eu tô procurando fazer a minha parte dia a dia.

E o culpado, ou culpados? Queremos respostas para o que ocorreu. Vamos ficar atentos, vigilantes e cobrar respostas rápidas das autoridades.

Matérias sobre o ocorrido, clic nos link's:

FORÇA E FÉ AOS COMERCIANTES DO MERCADO PÚBLICO DE PORTO ALEGRE

Fonte: Correio do Povo
Edição: ALO

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