3 de nov. de 2011

Porto de Imbituba faz 89 anos


Do carvão à modernização, Porto de Imbituba passou por diferentes fases. Hoje os preparativos para expansão apontam para o desenvolvimento de toda a região sul.

Em 3 de novembro de 1922 o empresário Henrique Lage fundava, no Rio de Janeiro, a Cia. Docas de Imbituba, três anos depois do pedido de autorização do Ministério de Viação para o início das obras do porto. O objetivo era construir um porto que atendesse à demanda do carvão catarinense e se tornou o ponto de partida para o crescimento de Imbituba. A partir da enseada na qual foi construído um trapiche, o Porto de Imbituba nasceu como o primeiro passo da realização de um sonho de progresso, que hoje desponta para o sucesso permanente.

No início Henrique Lage usou recursos dos navios da Companhia Nacional de Navegação Costeira, herança de seu pai, e o auxílio do amigo engenheiro Álvaro Catão, investindo no Porto e na cidade, construindo casas e oferecendo infraestrutura para os trabalhadores, planejando o crescimento para que no futuro não houvesse problemas para os moradores. Neste ponto podem-se destacar a Granja Henrique Lage, a escola e a Indústria Cerâmica Imbituba (Icisa) que aproveitava a argila branca da região na produção de louças.

Em 1931 as movimentações de carvão cresceram em razão de um decreto que obrigava as empresas brasileiras a consumir 10% de carvão nacional, em relação às toneladas importadas. A infraestrutura do Porto era pequena e foi ampliada para melhorar as operações, com um cais de acostagem de aproximadamente 100m de comprimento, novos guindastes, locomotivas e empilhadeiras. O embarque mecânico do carvão suportava 300 toneladas por hora. Em 1942 o contrato de concessão foi assinado e a Companhia Docas de Imbituba passou a ter permissão para explorar o tráfego do Porto.

No início da década de 70 o Porto ainda vivia do carvão mineral. A Indústria Carboquímica Catarinense (ICC) aproveitava os rejeitos do material transformando-os em ácido fosfórico para a produção de fertilizantes. Em 1979 um cais especial de 245m foi construído em parceria com o Governo Federal, para escoar toda a produção. Na mesma época uma esteira para transportar a rocha fosfática até a ICC foi montada para evitar o transporte em caminhões.

A crise do petróleo nos anos 80 aumentou a procura pelo carvão como combustível, afinal, todo o mundo foi afetado. Neste período o Porto recusava algumas cargas por causa da grande movimentação. Durante toda a década, dois a quatro milhões de toneladas por ano foram movimentadas. O carvão vinha principalmente da Siderúrgica de Carvão em Criciúma, mas também de minas em Urussanga, Lauro Muller, Orleans e Guatá, transportadas pela Ferrovia Tereza Cristina ou pelas rodovias. Como destinos principais, Vitória (ES), Santos (SP), Rio de Janeiro e Antonina (PR). 
Fonte: www.cdiport.com.br

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