SANTA CATARINA
Durou menos de cinco minutos o primeiro discurso do governador eleito de Santa Catarina, Raimundo Colombo (DEM), em Florianópolis. Foi em cima de um caminhão de som no Koxixo's, tradicional ponto de comemorações na avenida Beira-Mar Norte, na capital catarinense.
Foto: DC
Colombo chegou no local a 00h20min, numa carreata que saiu do Aeroporto Hercílio Luz. No mesmo carro estava o vice-governador eleito, Eduardo Pinho Moreira (PMDB).
No caminhão também estavam os senadores eleitos Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB), Casildo Maldaner (PMDB), que assumirá a vaga como senador no lugar de Colombo, entre outros políticos e militantes.
— Ainda não caiu a ficha. É uma coisa muito forte. A campanha foi de coração, marcada por muitas coisas gostosas. Foi uma vitória completa — discursou rapidamente o governador eleito, que encerrou a fala pedindo votos ao candidato à presidência José Serra (PSDB).
Paulo Bauer e Pinho Moreira fizeram discursos rápidos ao lado de Colombo.
— Fizemos barba, cabelo e bigode — disse Bauer, entusiasmado com a vitória dos candidatos ao Senado e de Colombo.
A confraternização no Koxixo's acabou sendo mais entre os coordenadores de campanha, assessores e militantes que trabalharam na campanha, na Capital. Houve distribuição de cerveja. Dois caminhões de som tocaram o tempo todo músicas da campanha de candidatos da tríplice aliança (DEM-PSDB-PMDB).
A presença do governador Colombo durou menos de uma hora no Koxixo's. Em razão da demora para a sua chegada no local, a festa acabou esvaziada mais cedo.
Segundo Pinho Moreira, Colombo deve dormir em sua casa na Capital. A agenda de atividades do governador eleito para esta segunda-feira não foi divulgada.
RIO GRANDE DO SUL
Foto: ZH
O futuro governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), chegou ao comitê central do partido, na Rua Barros Cassal, na região central, por volta das 20h10min. Em seguida, iniciou o pronunciamento agraciando os colegas de partido e da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande. Agradeceu à população pela confiança e disse não ter rancor de seus adversários:
— Tenho convicção de que o Rio Grande do Sul não vai se arrepender de ter nos confiado essa tarefa. Quero agradecer a todos que nos ouviram, mesmo o que nos rejeitaram. Quero cumprimentar os meus adversários eleitorais, que disputaram democraticamente conosco a preferência do eleitorado. Não guardo nenhum rancor. Mesmo que, às vezes, tenhamos sido atacados de maneira que me pareceu inconveniente. Isso faz parte do processo democrático.
Tarso declarou que vai convidar todas as siglas a integrarem o governo, mas disse saber que nem todos aceitarão:
— Achamos que o PDT tem mais a ver conosco do que com outros partidos. Quero ouvir o que os partidos pensam. Eu não creio que o PMDB esteja disposto a dialogar conosco. Vou conversar com eles, vou acatar sugestões se forem compatíveis, mas não entendo que eles, os Democratas ou PSDB sejam passíveis de um acolhimento mínimo.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva:
Primeiro turno
Sobre o ineditismo de ter se eleito no primeiro turno, Tarso afirmou que essa possibilidade começou a ser cogitada por ele e pelo partido há 30 dias. O futuro governador disse que sentia nas ruas que o padrão político do Estado estava mudando.
— Acho que é uma eleição histórica e me sinto, em parte, responsável. Mas, não é um indivíduo que ganha uma eleição. É uma síntese de forças. Eu represento um projeto. Essa confiança que o povo depositou na unidade nos compromete ainda mais. Vamos fazer o possível e o impossível para corresponder às expectativas _ detalhou.
Dilma Rousseff
Ele se colocou à disposição da coordenação da campanha da candidata à Presidência Dilma Rousseff para fazer com que seja eleita em um possível segundo turno.
Papel dos partidos no seu governo
— Não há nenhuma negociação com relação à cabeça de chapa. Fazemos questão é de que a cabeça de chapa seja do nosso campo. Temos responsabilidade com essa coalizão. Ela foi chamada, não a partir de uma relação de conveniência, mas para formar um novo bloco político no Rio Grande.
Natural de São Borja, o advogado Tarso Genro também foi prefeito da Capital por duas gestões (1993-1996 e 2001-2002), e torce pelo Internacional. Confira o perfil completo e veja os resultados da apuração.
PARANÁ
Foto: Gazeta do Povo
O ex-prefeito de Curitiba Beto Richa (PSDB) superou a máquina pública dos governos federal e estadual e conseguiu se eleger governador do Paraná no primeiro turno. Ele recebeu 3.039.774 votos, o equivalente a 52,4% dos votos válidos. Com a vitória, ele mantém sua trajetória política nacional e pode se tornar um dos grandes nomes da oposição – caso a candidata Dilma Rousseff (PT) confirme a preferência do eleitorado e vença o segundo turno na disputa pela Presidência. Richa, entretanto, diz que não tem essa pretensão – ele se considera um “soldado” a serviço do PSDB.
O tucano aguardou a conclusão da apuração em sua casa. Proclamado vitorioso, foi à sede do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e conversou com jornalistas, aparentando muita tranquilidade. “É um novo tempo no Paraná. Estamos renovando a política do estado. Virando a página da história e abrindo uma nova, com entendimento, com diálogo, com resultados, com democracia, com uma gestão moderna, respeitando a opinião de todo o nosso povo.”
O principal adversário de Richa, Osmar Dias (PDT), teve 2.645.113 dos votos (45,6%). O apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que contribuiu para o crescimento do pedetista nas últimas pesquisas de intenção de voto, se mostrou insuficiente.
O próximo governador do Paraná disse que esta campanha foi a mais acirrada que já disputou. “Não é fácil enfrentar o presidente da República, a candidata do PT, enfrentar os candidatos ao Senado”, afirmou. Para Richa, a máquina estadual e federal foi usada de “forma indiscriminada”.
Clic no link abaixo e saiba tudo sobre os números da eleição em todo o Brasil:
Reprodução: Diário Catarinense / Zero Hora / Gazeta do Povo
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