O vendedor de chicletes Aldenor da Silva Brito, 45 anos, viveu, por alguns instantes, o sonho realizado de ser milionário após o sorteio das dezenas da Mega da Virada, na noite de sexta-feira (31).
Ele mora em Boca do Acre (AM) e disse ter ficado "traumatizado" por um de seus jogos não ter sido computado pela lotérica da cidade.
O prêmio de R$ 194,3 milhões foi dividido entre os donos de quatro apostas, nas cidades de Cariacica (ES), Belo Horizonte (MG), Fazenda Rio Grande e Pinhais, ambas no Paraná. Cada um ficou com R$ 48.598.800,01.
Apostador de primeira viagem, ele não conferiu os volantes com os jogos. Segundo Brito, foram anotadas dezenas suficientes para sete apostas, mas apenas seis teriam sido computadas pela lotérica. "Eu perguntei para o funcionário se estavam todos os jogos ali naqueles papéis, mas não olhei um por um. Acho que falhei, mas a máquina da lotérica pode ter falhado também."
Festa e febre
O vendedor de chicletes disse que a família ficou empolgada com a possibilidade de ele ter ficado milionário e chegou a preparar um jantar mais "caprichado" para comemorar. "Fiquei com febre depois de perceber que tinha alguma coisa errada. Foi Deus que quis assim, então, que assim seja. Sou pobre, mas sou honrado. Sempre vivi sem grande quantia de dinheiro, não é agora que vai ser diferente", disse Brito, que chega a faturar R$ 300 por mês trabalhando nas ruas de Boca do Acre.
Brito falou que não pretende processar o funcionário da lotérica, nem mesmo o dono da empresa e a Caixa Econômica Federal (CEF). "Não penso nisso. Acho que foi coisa de Deus mesmo. Eu achava que iria ganhar, tinha dito isso para meu patrão depois de fazer os jogos. Acho que loteria não é para mim mesmo."
Recomendações
A CEF informou que não registrou a queixa de Brito e qualquer outro problema com registro de apostas em casas lotéricas para a Mega da Virada. Ainda de acordo com a CEF, o recibo de aposta original emitido pelos terminais lotéricos, existentes única e exclusivamente nas unidades lotéricas da Caixa, é o único comprovante para o recebimento de prêmios das loterias. Qualquer outro tipo de comprovante não tem validade para recebimento de prêmios.
O recibo de aposta é como um título ao portador, segundo a CEF. Para torná-lo pessoal e intransferível é necessário escrever em seu verso, o nome completo e o CPF do apostador.
A CEF ainda recomenda, para segurança do apostador, que sempre confira os dados contidos no recibo de aposta e adquira somente bilhetes de lotéricas e/ou de revendedores autorizados pela Caixa.
Fonte e fotos: G1
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