O Governador Raimundo Colombo, em coletiva na Casa D'Agronômica, salientou os motivos que levaram sua saída do DEM e a sua ida para o novo partido PSD. Colombo disse que não há mais participação comunitária entre os partidos, além da falta de renovação. “Nas próximas eleições serão os mesmos nomes homologados de sempre. Aqueles que disputam há 20 anos. E o DEM não tem um projeto nacional, ao contrário do PSDB, que tem Aécio Neves. Por isso sugeri a fusão entre os partidos da oposição”, argumentou. “Mas o PSDB não nos deu as condições de viabilizar um projeto para o Brasil, isso fragilizou o DEM”, reclamou Colombo. “Infelizmente as personalidades valem mais que os partidos”, observou. Ele avalia que o PSD poderia se intrometer da briga entre PT e PSDB como alternativa. “Será um partido com muitas lideranças que representam a renovação. Teremos nomes de peso”, garantiu ele.
Após este anúncio, Colombo agora preocupa-se com a criação e o fortalecimento do PSD em Santa Catarina. Este fortalecimento passa pela busca de assinaturas e a adesão de políticos de outras legendas. Alé disso o governador garantiu que a sua mudança de sigla não irá afetar a aliança política que governa o estado. “Não vamos desmantelar nosso grupo de aliados para fortalecer o PSD, mas as decisões pessoais terão de ser respeitadas”, observou o governador, que praticamente decretou o fim do DEM no estado.
Jorge Bornhausen sai do DEM, mas não acompanha grupo
Presidente de honra do DEM e considerado grande articulador político, sendo uma das figuras políticas de maior expressão da legenda, o catarinense Jorge Bornhausen deixará o DEM, mas não acompanhará o grupo de Raimundo Colombo rumo ao PSD. A tendência é afastar-se da vida político-partidária. Já o deputado federal Paulinho Bornhausen, seu filho, deve seguir a tendência democrata. “Ele garantiu que sua vida político-partidária termina com a saída do DEM. Mas nós estamos sintonizados. Ele é um político da melhor qualidade, ajudou muito o Brasil e ainda ajudará”, frisou Colombo, durante coletiva. Bornhausen exerceu cargos de governador e senador e foi um dos articuladores da mudança do antigo PFL para o DEM.
Migração tem amparo legal, diz procurador
A saída do governador Raimundo Colombo e seus aliados do DEM e a ida para o PSD será um movimento sem risco jurídico, segundo o procurador-geral do estado, Nelson Serpa, que ficou responsável por conduzir os procedimentos legais de migração e criação do partido. Ele explica que a Legislação Eleitoral permite que o detentor de mandato mude para um novo partido sem infringir a lei da fidelidade partidária.
Entre os passos para a criação do novo partido estão: requerimento do registro do partido deve ser dirigido ao Cartório do Registro Civil das Pessoas Jurídicas, em Brasília. Após a emissão da certidão pelo cartório, o partido inicia a coleta de assinaturas. No estado é necessário cerca de 5 mil, sendo 500 mil em todo o Brasil, em no mínimo nove estados. Colhidas as assinaturas, o partido realiza os atos necessários para a constituição das comissões provisórias. Assim, os dirigentes protocolam pedido de registro do estatuto do partido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Dando tudo certo, o registro é concedido e o tribunal concede um número à sigla. O prazo para a emissão do registro gira em torno de 120 dias.
Fonte: ND Online
Foto: Divulgação Governo SC
Edição: ALO Imprensa
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