— A lei de 2007 é uma repetição da de 1948. Foram incluídas coordenadas geográficas mais precisas, que na década de 1940 não estavam disponíveis e, por isso, a linha imaginária mudou — explica o procurador fiscal da prefeitura de Laguna, Ricardo Silveira.
Como ninguém quer perder nem um metro de terra sequer, a situação foi parar na Justiça. A questão, hoje, é analisada na Vara da Fazenda Pública de Florianópolis. O juiz deve determinar uma perícia técnica para que um profissional da UFSC determine os limites corretos.
— A lei é inconstitucional. Como o município de Imbituba não tem autonomia para contestar essa lei de 2007, fizemos um pedido ao Ministério Público que nos deu parecer favorável. Queremos que volte o antigo limite — conta o procurador da prefeitura de Imbituba, Zulmar Duarte de Oliveira Júnior.
Moradores
Na prática, o dia a dia dos moradores de Itapirubá está muito mais vinculado a Imbituba do que a Laguna. O serviço de abastecimento de água é um exemplo. Algumas residências localizadas na área de Laguna recebem a fatura da Casan com o endereço como se fosse Imbituba, cuja prefeitura recolhe quase todo o lixo.
— Pertencer a dois municípios deveria ser positivo, pois receberíamos assistência de duas prefeituras e isso seria ótimo. Porém, Laguna deixa a desejar, pois a prefeitura pouco investe aqui — resume o presidente da associação de moradores de Itapirubá, Carlos Alberto da Silva.
Apesar da entrada principal do balneário estar nos limites de Laguna, um luminoso com saudações em português, espanhol e inglês indica que Itapirubá fica em Imbituba. Segundo levantamento da associação de moradores, a população fixa é de 550 habitantes na parte de Imbituba e 220 na de Laguna. No verão, o balneário chega a ficar com 5 mil pessoas. E muitas delas voltam para casa sem saber direito se passaram suas férias em Laguna ou Imbituba.
Veja o vídeo com matéria da TVBV:
Fonte: DC Online e TVBV
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