Aumenta a cada ano o número de pessoas idosas (por força de lei, com idade superior a 60 anos) e no Brasil teremos antes de 2050 quantidade igual de jovens e idosos na população brasileira. Este fato, aliado a redução gradual da taxa de natalidade no Brasil começa a delinear cenários de negócios que poderão mudar muito o panorama atual de empregabilidade e de consumo.Idosos serão cada vez mais valorizados pelo mercado e as empresas passarão a buscar estes profissionais qualificados e capazes de trazer resultados com a melhor relação custo benefício. Pessoas idosas passam a ser identificados como profissionais maduros, capazes de aliar técnica, conhecimento com experiência.
O grande diferencial competitivo dos “sessentões” será o capital emocional relacionado com a maturidade. Este aspecto, aliado a uma boa base acadêmica e o contínuo aprendizado farão deles objeto de desejo das empresas e passarão a ter a preferência, por sua experiência, equilíbrio e foco para ser parceiro de sucesso.
Ainda existe no mercado de trabalho certo preconceito contra a pessoa idosa, especialmente por parte das equipes de RH que não vêem com clareza que o profissional sênior, acima dos 50/60 anos, pode ser o grande filão nas contratações. Temos informações que pessoas que se aposentaram há alguns anos estão sendo procuradas e reinseridas no mercado, mesmo levando em conta que precisam de informações quanto a inovações tecnológicas.
Estas pessoas maduras estão menos tensas quanto a sua performance e consciente que a tecnologia vem para auxiliar e não para tirar postos de trabalho. Os estudos da gerontologia e geriatria contribuem para desmistificar a velhice e a substituem por maturidade, onde o velho passa a ter a conotação de longevo (pessoa com plena funcionalidade, saudável e apto para desfrutar da sociedade com plenitude) graças a melhor disciplina e conhecimento sobre qualidade de vida.Assim como serão reinseridos no mercado de trabalho são os adultos sênior que criarão as novas demandas de consumo, como já ocorre nos empreendimentos imobiliários voltados a esta faixa etária, viagens, entretenimento e educação. Portanto, “sessentões” e “sessentonas”, nada de se aposentar e deprimir ao jogar bocha ou fazer crochê. O mercado precisa destes longevos profissionais.
Rosane Magaly Martins é advogada pós-Graduada em Gerontologia e Gestão de Saúde do Idoso e presidente do Instituto Ame Suas Rugas.
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