1 de abr. de 2011

Ambulantes de Garopaba avaliam a temporada e reclamam da prefeitura municipal

Em reunião realizada na noite desta quinta-feira (31) na Câmara Municipal a AVAGAR - Associação dos Vendedores Ambulantes de Garopaba avaliou a temporada 2010/2011 e discutiu problemas da temporada, inclusive reclamações da prefeitura municipal e até acusações de favorecimentos e liberação de alvarás para apadrinhados políticos.

A associação foi fundada em 2010 com objetivo de unir a categoria e buscar viabilizar projeto para beneficiar estes trabalhadores e oferecer bons serviços aos turistas. Segundo o presidente da associação, João Bento, conhecido como Galego, a prefeitura recebeu a AVAGAR em maio de 2010, e foi entregue ao prefeito Luiz Nestor projeto com suas reivindicações. Depois disso várias tentativas de agendamento com o prefeito foram feitas. Reuniões foram marcadas e na última hora canceladas. A temporada chegou, não houve reunião com a prefeitura, a data para a liberação e entrega dos alvarás ocorreu. Todos os ambulantes cumpriram com o que foi solicitado à eles. Principalmente, com os prazos determinados pela prefeitura para a entrega da documentação.

Conforme os participantes da reunião, os fatos ocorridos depois do prazo estipulado, 26/11/10, é que os deixou indignados. De acordo com a AVAGAR, alvarás foram liberados depois deste prazo. Ainda, segundo a associação, estes alvarás foram destinados para apadrinhados políticos de ocupante de cargo no executivo e de membro do legislativo, não foram citados nomes. Em entrevista na tarde de sexta-feira(01) para o ALO Imprensa, o prefeito em exercício, Ildo Lobo Filho, o Ildinho, disse que não acredita que isso tenha ocorrido, pois o funcionário responsável pelo setor, o Sr. Gaspar é uma pessoa idônea e que, após denúncias, o MP acompanhou todo o processo que é completamente informatizado.

A avaliação da temporada realizada pelos ambulantes foi boa para a maioria dos profissionais que estiveram na Câmara municipal. Vários pontos negativos foram levantados pelos ambulantes:

A fiscalização que atuou todos os dias, mas fez vista grossa para os clandestinos. O valor da camiseta de identificação, R$ 40,00 por uma peça. A falta de controle sobre o espaço destinado aos quiosques na beira da praia. Falta de local destinado especificamente, e em condições para os carrinhos adentrarem a praia. Horário de venda, entre 08 e 18 h, ficando impossibilitados de atuarem a noite, o que foi liberado no carnaval (sem cobrança de novo alvará) e a atuação de terceiros trabalhando em nome do titular do alvará, se destacaram.

Estiveram presentes à reunião os vereadores Jackson Sena e Jucélio Clementino (PP) e Marinho Nascimento (DEM), que ficaram de colaborar com a AVAGAR no sentido de aprovar projeto para a regularização visando a próxima temporada e, após outra reunião da associação, auxiliar na realização de agenda com o prefeito Luiz Nestor na Câmara Municipal. Secretariou a reunião o Professor Rui Barcellos.

Opinião ALO

O que podemos tirar da reunião é que esta categoria importante para atendimento e a prestação de serviços ao turista, não esta tendo o devido respeito e apoio que merece por parte dos órgãos públicos. Eles, na sua união um pouco desunida, estão buscando se juntar em suas diferenças para organizar-se e crescer.

Os que estavam ali na reunião, que teve um bom comparecimento, a maioria trabalham há anos vendendo os mais diversos produtos na praia durante o verão se sustentam e as suas famílias com o que é arrecadado na temporada. Pagam suas taxas ao poder executivo e, pelo que parece, são tratados como "personas não gratas", um estorvo.

Para o poder público, já tão cheio de obrigações de todos os estilos, é difícil e as vezes complicado compor e agradar à todos. Acreditamos que para a próxima temporada, com a união da AVAGAR, Câmara de Vereadores e a Prefeitura Municipal, possa acontecer um acordo e dividir as responsabilidades, para somar ganhos à todos

Uma sugestão dada ao final da reunião, talvez possa ser a saída. Através de convênio, a Prefeitura, com a fiscalização da Câmara, destinaria o cadastramento dos profissionais para a AVAGAR. Os ambulantes, para obterem o alvará, teriam que se dirigir à associação munidos de documentos, fariam o cadastro, pegariam documento assinado e levariam para a prefeitura fazer seu cadastramento e a liberação do trabalho de ambulante regularizado.

Parece-nos que esta forma, por si só, dá o respaldo e o reconhecimento necessário para a categoria e desonera, em parte, as questões ditas políticas da prefeitura. Seria uma forma democrática de apoiar a organização da associação e contribuir para a qualificação dos serviços prestados aos turistas.

Uma categoria organizada faz bem para a comunidade, faz bem para o futuro da cidade e mostra que as coisas estão evoluindo.

ALO Imprensa
Fotos: ALO Imprensa

Um comentário:

  1. o problema nao é o funcionario Sr.Gaspar...mas os GESTORES E POLITICOS...e o Sr.Ildo Vice Prefeito sabe muito bem disto q estou escrevendo...- jader martins.-

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