No domingo passado, 28/02, a comunidade do bairro Areias da Palhocinha fechou a rodovia SC 434 por mais de uma hora, próximo a entrada para a Ferrugem em Garopaba, protestando pelo ínicio do aterro no banhadão. O movimento foi pacífico e teve como objetivo chamar a atenção para a obra que, segundo o Sr. Nilo Pacheco, presidente da Acap - Associação Comunitária Areias da Palhocinha, vai causar danos ambientais, podendo prejudicar todo o bairro e as proximidades com prováveis alagamentos no futuro, devido ao banhado ser o responsável por escoar as águas da chuva que descem dos morros. Nesta terça-feira, 02/03, a manifestação foi tema da sessão plenária da Câmara Municipal de Garopaba, onde três vereadores falaram sobre o ocorrido. Eles comentaram a legalidade da manidfestação e enfatizaram a necessidade do entendimento e a busca de solução que atenda ambas as partes. O vereador Julião Lopes (DEM) citou um acordo realizado na justiça que faz com que os empreendedores e proprietários das terras em que o banhado se localiza, doem espaço para a construção de um parque.
O presidente da Acap, Nilo Pacheco ao usar a tribuna da Câmara para defender a interrupção da obra, falou que não é contra o progresso, contra o empreendimeto ou os empreendedores, disse também desconhecer este acordo na justiça. "A associação vai lutar até que a comunidade tenha um laudo emitido por técnicos federais que garanta que nõ haverá danos ambientais", salientou Pacheco.
Apesar de ser presidente municipal do PP, Nilo Pacheco reiterou que estava ali defendendo os interresses da comunidade, da associação e das futuras gerações. De acordo com ele não está descartado o apoio da Acap para uma ação civil pública federal que a Associação dos Pescadores da Ibiraquera - Aspeci, moverá contra o empreendimento.
Após o encerramento da sessão, Nilo Pacheco e o representante do Garopaba Internacional, o empresário André Giesta, travaram um pequeno debate, rodeados por vereadores, pela imprensa e pela audiência que ali estava.
André Giesta foi enfático em suas colocações para Nilo Pacheco. Disse ele que a obra esta aprovada pelo principal órgão de fiscalização ambiental do estado, a FATMA - Fundação do Meio Ambiente e que foram feitos todos os estudos e laudos necessários através de uma dezena de engenheiros e geólogos, e a obra não irá prejudicar o banhado e contribuirá com o meio ambiente na contrução do futuro Parque do Rio do Cano. Giesta salientou ainda que o empreendimento ocupará 0.3 do total da área de 300hectares.
Fotos: 1 (André Giesta e Nilo Pacheco) e 2 (Nilo Pacheco na tribuna da Câmara) - ALO Imprensa, 3 (manifestação) Site Rádio Garopaba FM - www.garopabafm.com.br.
Produção: André Luiz de Oliveira - www.aloimprensa.com
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